Sem acordo, trabalhadores da Eletrobras param por tempo indeterminado
Após três rodadas de negociação, greve visa a pressionar apresentação de nova proposta
A Eletrobras oferece três parcelas desse abono, e reajuste de 6,49%, correspondente à variação da inflação (IPCA-IBGE em 12 meses, até abril), o que não inclui aumento real. Também pretende congelar o adicional por tempo de serviço, o chamado anuênio.
A decisão foi tomada depois de três rodadas de negociação – a última no dia 4 – entre o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) e a direção da empresa. Segundo a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), a proposta, além de não contemplar ganho real, tem como meta a diminuição dos direitos para os futuros empregados.
Em nota, a direção da empresa argumenta que sua proposta “reflete um esforço muito grande” do governo federal e do sistema Eletrobras, “especialmente se considerarmos o cenário decorrente da redução de tarifa de energia elétrica aos consumidores brasileiros e a consequente necessidade do equilíbrio econômico-financeiro das empresas”.
A Eletrobras é responsável por 35,5% da geração de energia do Brasil e por 55% da distribuição. Tem 30 mil funcionários. São 37 usinas hidrelétricas, 120 termelétricas, três eólicas e duas termonucleares. A paralisação tem adesão em distribuidoras de diversos estados, como Alagoas, Piauí, Rondônia, Roraima, Acre, Amazonas, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo, em setores que não afetam o fornecimento de energia aos consumidores.
por Viviane Claudino, da RBA publicado 15/07/2013 16:55, última modificação 15/07/2013 17:15.