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Busscar: trabalhadores sofrem com longa espera

Busscar: trabalhadores sofrem com longa espera

Quando saiu a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina no final do ano passado anulando a assembleia geral de credores que decretou a falência da empresa em setembro de 2012, surgiu a expectativa de um recomeço e a esperança de recuperar uma empresa que chegou a empregar 5.000 trabalhadores e que já foi considerada a 2ª maior fabricante de carrocerias do país.

A Busscar Ônibus paralisou suas atividades em 2012 e deixou muitos trabalhadores e trabalhadoras sem rumo. E desde então, só aumentaram as dúvidas e a insegurança de todos que se dedicaram durante muitos anos a esta empresa.

Mas com a possibilidade de recuperar a empresa com o novo plano de recuperação, o Sindicato dos Mecânicos não mediu esforços para que as propostas de pagamento dos créditos trabalhistas, contidas no plano, contemplassem as expectativas. Mas, infelizmente o que vimos foram propostas de pagamentos a longo prazo, além de retirada de direitos.

Houveram muitas reuniões e assembleias. Uma Comissão Especial foi criada na Câmara de Vereadores com o intuito de mobilizar as forças políticas e econômicas da cidade. Reconhecemos o esforço do Poder Legislativo, ao qual temos muito a agradecer. Mas a situação dos trabalhadores continua a mesma. Muitas incertezas e poucas garantias.  

O debate precisa continuar. As propostas contidas no relatório final da “Comissão Especial para analisar as questões financeiras da empresa Busscar” são muito importantes para que esta história não se repita com outras empresas, deixando milhares de trabalhadores sem seus direitos. Precisamos sim de leis mais severas, principalmente para punir de forma mais rígida quando o empresário começar a deixar de garantir o direito dos seus trabalhadores. Para que a empresa não chegue ao ponto de acumular uma dívida tão grande como a da Busscar, tornando inviável a sua recuperação.

O que resta ao trabalhador é esperar. Esperar para um dia poder receber seus direitos adquiridos durante anos, através de muito trabalho. Cabe a nós, enquanto representantes dos trabalhadores acompanhar cada passo do processo e cobrar do judiciário um final, se não feliz, mas pelo menos digno!

 

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