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Pretendemos não sair mais das ruas até votação do plebiscito, diz deputado

Pretendemos não sair mais das ruas até votação do plebiscito, diz deputado

Ativistas pretendem obter mais de 10 milhões de assinaturas em consulta popular ‘por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político’ para ‘destravar as transformações profundas’

São Paulo – Entidades, sindicatos, movimentos sociais e representantes de partidos políticos promoveram na tarde desta terça-feira (12) um ato político no centro de São Paulo pelo Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O ato, que também comemorou o Dia Internacional da Juventude, foi realizado em frente ao Teatro Municipal e contou com cerca de 800 manifestantes, com o objetivo de conscientizar a população da necessidade de participar do plebiscito, que será realizado em todo o país entre 1º e 7 de setembro de 2014. Os ativistas percorreram as ruas do centro. A caminhada terminou na praça da Sé. “Pretendemos, a partir de agora, não sair mais das ruas até a votação do plebiscito”, disse o deputado federal Renato Simões (PT-SP).

O plebiscito, que não terá caráter oficial, conterá uma única pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o sistema político?”

O movimento pelo plebiscito e pela reforma política tem como uma das principais bandeiras o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais e é inspirado nas manifestações de junho de 2013. Na ocasião, a presidenta Dilma Rousseff sugeriu uma constituinte exclusiva, mas a ideia não foi encampada pelas lideranças no Congresso Nacional.

“Queremos destravar as transformações profundas” do sistema político brasileiro a partir “da energia social (dos protestos do ano passado) para canalizar a reforma”, discursou Thiago Aguiar, do Movimento Juntos.

Para os ativistas, apenas a reforma política feita por um parlamento eleito exclusivamente com esse fim pode produzir uma representação real da sociedade brasileira no Congresso Nacional.

A intenção é conseguir mais de 10 milhões de votos, número atingido pelo plebiscito popular realizado em 2002 contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), considerado pelos ativistas a principal referência. Na época, a consulta teve a participação de 10.149.542 de cidadãos, dos quais 9.979.964 (98%) disseram não à assinatura do acordo com a Alca, de interesse dos Estados Unidos, que acabou sendo descartada em 2005, na Cúpula das Américas, realizada na Argentina.

Segundo as entidades que organizam o plebiscito, já foram instalados mais de 800 comitês em todos os estados brasileiros, sendo, aproximadamente, 150 em São Paulo. “Teremos milhares de comitês populares espalhados pelas ruas”, disse a militante do PT Misa Boito, candidata do partido a uma vaga na Assembleia Legislativa paulista.

Fonte: Texto e foto: Rede Brasil Atual

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