Já se completaram dez meses sem salários e sem explicações aos trabalhadores que ainda tem vínculo com a empresa. A administração fica só na promessa. Desde o pedido de recuperação judicial no início de fevereiro foi prometido que a empresa voltaria a produzir em junho, e nada aconteceu. Prometeu em julho e depois para a segunda quinzena de agosto. Agora, promete para setembro, mas na situação pela qual a Duque se encontra, nos deixa sem esperanças, já que a empresa está com o fornecimento de energia e água cortado.

Está sem dar atendimento aos trabalhadores que querem sair da empresa, pois não há trabalhadores no Rh, todos pediram demissão. Seu passivo, extra concursal, dívida feita depois do pedido de recuperação judicial já ultrapassa 20 milhões. Com uma dívida total próximo ou superando duzentos milhões.

E o pior, sem definição de uma data para marcar a assembleia. Em princípio era para agosto, depois setembro. Agora já estão falando em novembro. Está na hora dos credores trabalhistas começarem a executar seus créditos extra concursais junto a justiça. O judiciário precisa determinar uma data o mais rápido possível para assembleia. Porque se ficarmos esperando, vai continuar não acontecendo nada.

Se a empresa não tem dinheiro para pagar fornecimento de energia, provavelmente não tem para pagar os custos da assembleia. O que não pode acontecer é está indefinição. Se a Duque não tem condições de retomar as atividades, então que se decrete liquidação da empresa de uma vez. Os credores trabalhistas estão cansados de ser enrolados. É o trabalhador que mais sofre com essa indefinição por parte dos acionistas, que não sabem o que é o sofrimento de ficar sem salário durante dez meses, sem décimo terceiro 2013 e outros direitos. Isso precisa ser resolvido logo. Chega de enrolar os trabalhadores!

João Bruggmann / Diretor Financeiro – Sindicato dos Mecânicos *