Credores de garantia real e quirografários votam contra plano de recuperação
Mais uma vez os credores voltaram ao Centreventos Cau Hansen para a Assembleia da Busscar. Desta vez, com tudo para ser a última, já que o Juiz Luís Felipe Canever intimou os credores, quem solicitasse suspensão, teria que pagar uma multa de R$55 mil, correspondente ao valor médio de cada convocação de assembleia.
E assim como aconteceu em 2012, o plano foi reprovado nesta terça-feira (09/09). Os credores de garantia real e quirografários votaram contra o plano de recuperação. Já na classe trabalhista, a maioria votou a favor do plano de recuperação (53%). Agora a decisão final será dada pelo juiz, Luís Felipe Canever. Ele deverá analisar a votação, e assim, definir o futuro da Busscar Ônibus.
Os votos da classe trabalhista foram computados por pessoas, já da classe de garantia real e quirografários, os votos foram apurados por pessoa e por valor de crédito. E a decisão novamente ficou nas mãos dos que possuem maior crédito para receber, neste caso, os bancos (BNDES e Santander), os tios (ex-sócios) e quirografários.
Apesar da classe trabalhista aprovar o plano em votação, a proposta apresentada na tarde desta terça-feira (09/09) não foi a mesma discutida e entregue ao Sindicato dos Mecânicos na última semana.
No documento entregue ao Sindicato, o valor da parcela fixa a cada credor trabalhista seria de até R$9.500 e o saldo parcelado e convertido em ações, já no plano apresentado na assembleia de ontem (09/09) foi de apenas R$6 mil.
Outro aspecto que surpreendeu a direção do Sindicato é com relação ao tratamento diferenciado para o crédito extraconcursal, enquanto oferta 100% aos trabalhadores da Tecnofibras (Sindicato dos Plásticos), oferece apenas o correspondente a 28% do total aos Trabalhadores da categoria Mecânica.